História do
Alúmínio
Acredita-se que o alumínio tenha se formado através por meio de sucessivas colisões de
átomos de hidrogênio em altas temperaturas e fortes pressões durante o nascimento do
Sistema Solar. Mas a história do alumínio, como hoje o conhecemos, é recente. Ele
surgiu quando a Alcoa nasceu, em 1886, com o primeiro processo de transformação do
alumínio em quantidade. Há mais de 7 mil anos, os ceramistas da Pérsia faziam seus
vasos de um tipo de barro contendo óxido de alumínio - o que hoje conhecemos como
alumina. Trinta séculos depois, os egípcios e babilônicos usavam outro tipo de
alumínio em suas fábricas de cosméticos e produtos medicinais. Até então, ninguém
sabia sobre o alumínio. Ninguém tinha visto. Apesar de ser o mais abundante metal na
crosta terrestre, não se encontrava naturalmente na forma de metal.
Finalmente, em 1808, Humphrey Davy provou a
existência do alumínio, dando-lhe este nome. Logo depois, o físico alemão Hans
Christian Oersted se encarregou de produzir pequenas quantidades do metal.
Outros melhoraram seu processo até 1869,
quando duas toneladas de alumínio foram produzidas. Isso baixou seu custo de $545 para
$17 o grama, quase o mesmo valor da prata. Um preço razoável, tanto que serviu para
ornar a mesa da corte francesa, a coroa do rei da Dinamarca e a capa do Monumento de
Washington.
Mas foi preciso uma grande quantidade, por
um preço de produção muito baixo, para colocar o alumínio como um metal de primeira
categoria. É aí que a Alcoa começou, em 1886. Em meados de 1880, o alumínio era um
metal semiprecioso, mais raro que a prata. No Oberlin College de Ohio, o professor Frank
Jewett mostrou a seus estudantes de química um pequeno pedaço de alumínio e disse a
eles que quem conseguisse descobrir um modo econômico de se obter este metal ficaria
rico.
Um de seus estudantes, Charles Martin Hall,
já vinha fazendo experimentos com minérios desde os 12 anos de idade, num laboratório
improvisado. Depois de formado, continuou seus experimentos. Aprendeu como fazer óxido de
alumínio - alumina. Em 1886, colocou num recipiente um contendo alumina e passou uma
corrente elétrica. O resultado foi uma massa congelada que ele trabalhou com martelo. Foi
quando várias partículas de puro alumínio se formaram, dando origem a um dos metais
mais usados pela indústria na história.
Como é feito?
Da bauxita é extraída a alumina, que pelo
processo de redução é transformada em alumínio. Alumina? Processo de redução? Afinal
de contas, como o alumínio é feito? Acompanhe agora com detalhes todo este processo:
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O processo de produção de alumínio é composto por uma série de reações químicas.
Até mesmo a bauxita - minério do qual se extrai a alumina e o alumínio - é formado por
uma reação química natural, causada pela infiltração de água em rochas alcalinas que
entram em decomposição e adquirem uma nova constituição química. A bauxita
encontra-se próxima à superfície, em uma espessura média de 4,5 metros, o que
possibilita a sua extração a céu aberto com a utilização de retroescavadeiras.
Porém, antes de se iniciar a manutenção,
alguns cuidados precisam ser tomados para se proteger o meio ambiente.A terra fértil
acumulada sobre as jazidas é removida juntamente com a vegetação e reservada para um
futuro trabalho de recomposição do terreno, após a extração do minério. Depois de
minerada, a bauxita é transportada para a fábrica, onde chega em seu estado natural, com
impurezas que precisam ser eliminadas. E aí se inicia a primeira reação química da
série que vai viabilizar a obtenção da alumina e do alumínio. A bauxita é moída e
misturada a uma solução de soda cáustica que a transforma em pasta. Aquecida sobre
pressão e recebendo nova adição de soda cáustica, esta pasta se dissolve formando uma
solução que passa por processos de sedimentacão e filtragem que eliminam todas as
impurezas.
Essa solução, livre de todas as impurezas,
está pronta para que dela se extraia apenas a alumina. Isso é feito, mais uma vez,
através de uma reação química. Em equipamentos chamados de precipitadores, a alumina
contida na solução precipita-se através do processo chamado de "cristalização
por semente". Esse material cristalizado só precisa ser lavado e secado poe meio de
aquecimento para que tenhamos o primeiro produto do processo de produção de alumínio: a
alumina, um pó branco e refinado de consistência semelhante ao açúcar.
Reciclagem
Quando se fala em reciclagem do alumínio, a
primeira coisa que vem à cabeça são as latas de alumínio. Também não é para menos.
Hoje, duas de cada três latas de alumínio são recicladas. É mais do que qualquer outro
recipiente de bebidas (plástico, vidro ou ferro). O ato de reciclar latas usadas começou
em 1968, na Califórnia. Por volta do ano 2000, as indústrias pretendem coletar 75% das
50 bilhões de latas jogadas fora por ano. Mas não só as latas são recicladas. Mais de
85% do alumínio de automóveis é recuperado, e entre 60% e 70% do alumínio usado em
novos veículos é feito de material reciclado.
Produtos de alumínio são ideais para reciclagem porque é muito mais barato
reaproveitá-los do que fazer alumínio novo do minério de bauxita. A reciclagem requer
menos de 5% da energia usada para fazer alumínio. Para se ter uma idéia, 20 latas
recicladas podem ser feitas com a energia necessária para produzir uma lata usando
minério virgem. Reciclando uma lata de alumínio, economizamos energia para manter uma
lâmpada de 100 W acesa durante três horas e meia ou deixar a televisão ligada por três
horas. A indústria do alumínio economiza energia necessária para gerar cerca de 7.5
quilowatt/hora de eletricidade. Além disso, o processo de reciclagem economiza etapas: a
matéria é simplesmente derretida e moldada novamente, eliminando a extração, refino e
redução. A reciclagem também poupa tempo e dinheiro. Derreter latas usadas de alumínio
demora metade do tempo e tem 1/10 dos custos de mineração e refino do minério,
reduzindo a dependência de importação de bauxita.
Fornecendo as latas para reciclagem, a
população ajuda a completar o ciclo do alumínio; uma lata reciclada volta aos
supermercados em cerca de 90 dias.
A reciclagem de latas também tem um
importante papel social. Cria novos empregos em centros de reciclagem, empresas de
alumínio, transporte e empresas que dão suporte à indústria do alumínio.
Fonte:
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